GLÓRIA: a Luz Maçônica que vem do Ocidente

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A Maçonaria Glória do Ocidente do Brasil foi fundada pelo irmão Manoel Queiróz Gomes no final dos anos cinquenta do século XX. Em 13 de novembro de 1961, por meio da aprovação de uma Assembleia Constituinte, a Glória do Ocidente do Brasil transformou-se numa Obediência federada com jurisdição em todo território brasileiro.

Originariamente formada por sete lojas- segundo as regras vigentes à época, em Manaus, Amazonas- integradas por maçons regulares oriundos das organizações maçônicas brasileiras existentes, O Grande Oriente Nacional Glória do Ocidente espalhou-se rapidamente pelo Brasil, e hoje possui unidades maçônicas na maioria dos estados brasileiros.

Discreta e rígida, a Glória do Ocidente do Brasil dedica-se com esmero ao estudo, pesquisa e prática dos rituais e da doutrina maçônica, perseguindo, com determinação os valores que emergiram das tradições, sem, entretanto, abrir mão das novas ferramentas e das novas linguagens para atingir os objetivos da ética iniciática.

Nascida no meio da mata amazônica, a Glória do Ocidente do Brasil, teve desde o seu início- além do propósito de resgatar os valores e virtudes da tradição maçônica universal, perdidos no meio de uma visão patrimonialista, de tráfico de influência e de poder profano – também a finalidade de democratizar o acesso aos quadros da maçonaria universal, permitindo a iniciação em seus quadros de pessoas de bem, oriundas de todas as classes sociais, políticas e religiosas, que as vezes eram ou são excluídas dessa possibilidade por poderosas forças obscurantistas sustentadas pelo preconceito e pela discriminação.

Presente nas diversas regiões brasileiras a Glória do Ocidente do Brasil é reconhecida pela sua disciplina, pela aplicação e unidade de suas lojas, e, pela fraternidade, alegria e união de seus membros.

As lojas da Glória do Ocidente do Brasil funcionam na maioria dos locais em prédios próprios, adequados, alguns inclusive luxuosos, construídos ao longo de mais de cinquenta anos através do esforço, abnegação e suor de seus membros espalhados pelo país. Isso não impede, entretanto, que ela também realize a sua missão de aperfeiçoamento em locais mais modestos quando isso se faz necessário para cumprir o seu desiderato.

Devidamente registrada, segundo as leis civis do Brasil, a Glória do Ocidente possui diversos reconhecimentos de utilidade pública e realiza discretamente, como é de sua concepção, vários trabalhos de filantropia e beneficência onde possui jurisdição.

O seu governo é exercido por um Grão-Mestre Geral, devidamente eleito, auxiliado pelo Grão-Mestre Geral Adjunto, e por irmãos que integram os diversos cargos e funções do Poder Central, além dos dirigentes estaduais e das lojas. Conta ainda na sua estrutura com uma Assembleia Federal Legislativa e com o Superior Tribunal de Justiça Maçônico.

Possui um plano pedagógico próprio, de onde emerge um sistema de ensino fundamentado teoricamente nos conteúdos universais da maçonaria e que é aplicado segundo as regras, a experiência, os usos e costumes da Glória do Ocidente do Brasil.

Trabalha os três graus simbólicos no Rito York do Brasil, fundado no rito Emulação, sob a custódia da Suprema Congregação do Rito, que mantém também sob sua guarda o ritual e o funcionamento do Santo Real Arco.

Já nos graus filosóficos o seu trabalho é realizado no Rito Escocês Antigo e Aceito, sob os auspícios do Supremo Conselho de Soberanos Grandes Inspetores do Grau 33 e Último do Rito Escocês Antigo e Aceito MQG (  Manoel Queiróz Gomes ), instituído em 1995 na Amazônia Ocidental e integrado pelos membros da Glória do Ocidente do Brasil.

A sua composição é masculina, todavia, são desenvolvidas várias atividades onde a integração familiar é um imperativo.

A juventude- filhos e filhas de maçons e seus convidados- tem espaço próprio nos prédios da Obediência, onde em cinco graus, conforme a idade de cada um deles – 6 a 21 anos – são operados os rituais da Juventude Glória dos Inconfidentes, especialmente escritos para eles, onde se reforçam os conceitos de liberdade, de justiça, de paz, da crença em Deus, do   respeito a diversidade, aos pais, aos mais velhos, ao meio ambiente, às leis, ao próximo e aos valores da cidadania.

A Glória do Ocidente do Brasil, além dos rituais possui como seu patrimônio intelectual, válidos e uniformes no âmbito da federação maçônica, um Manual de Procedimentos Intra e Extra Loja, Um Manual de Diversos Procedimentos Litúrgicos, e um Manual de Normas Operacionais, que compõem o Regulamento Geral, e permitem o desenvolvimento das suas atividades com segurança doutrinária, litúrgica, ritualística e jurídica pelos seus obreiros.

Além disso possui diversos instrumentos de planejamento de ação, como o Calendário Institucional Anual, onde são previstas as suas diversas atividades obrigatórias e facultativas, de forma a facilitar o planejamento, acompanhamento e avaliação das ações que são desenvolvidas pelos dirigentes locais, regionais e nacionais da Glória do Ocidente do Brasil.

Embora o Brasil tenha uma dimensão continental a Glória do Ocidente tem a consciência de que ela é mais do que uma mera abstração: ela é a soma dos seus membros e de suas famílias. Ela é o resultado do suor, dos sonhos, das esperanças, das decepções, dos desencantos, das venturas e desventuras de todos aqueles que foram responsáveis pela sua fundação e dos que a construíram e a constroem. Ela é uma edificação humana - inspirada e inspiradora -  processual, em desenvolvimento.

Fiel às suas origens e a sua história a Glória do Ocidente do Brasil mantém permanente diálogo consigo mesma, e realiza há décadas, obrigatoriamente, com periodicidade anual, encontros nacionais nas regiões Centro-Oeste, Norte-Nordeste e Sul-Sudeste, a cada trimestre, e um geral no final do ano, de confraternização e de divulgação das atividades planejadas para o ano seguinte. Daí decorre a força da identidade de uma organização maçônica séria como a Glória do Ocidente que tem a convicção de que o patrimônio mais valioso que ela possui são os seus membros.

O Grande Oriente Nacional Glória do Ocidente do Brasil mantém vários tratados de amizade com diversas organizações maçônicas de vários continentes e é filiada ao Clipsas – Centro de Ligação e Informação das Potencias Maçônicas Signatárias do Tratado de Strasburgo.